Local ainda pouco explorado mantém natureza
preservada. Vida selvagem e formações rochosas atraem turistas e pesquisadores.



“O lugar é maravilhoso! Um verdadeiro oásis
para quem anda na Transamazônica e se surpreende com a cachoeira, a água
limpinha e clara, o que não é comum na Amazônia, com seus rios de água turva”,
conta a administradora paraense Patrícia Parnov, de 26 anos, que fez o passeio
em maio deste ano, no intervalo de uma viagem a trabalho em Altamira. Ela diz
que chegou até o lugar por indicação de colegas e foi informada sobre a
natureza selvagem do lugar, o que atiçou ainda mais sua curiosidade.
Para controlar o acesso de visitantes e
manter o equilíbrio do ecossistema natural, há pouco tempo a área passou a ter
um administrador local, que cobra uma taxa de R$ 5 de entrada, usada para
subsidiar a infraestrutura rústica, como uma escada pela qual se pode chegar ao
topo da cachoeira e assim realizar esportes radicais, como o rapel.
A água do pequeno lago é ainda direcionada
para dois tanques, formando piscinas onde famílias, grupos de amigos e turistas
se divertem com tranquilidade principalmente durante as férias do mês de julho,
quando a incidência de chuvas na Amazônia é menor e a temperatura sobe.
Como não há venda de bebidas e comidas, a
prática do piquenique é comum, desde que todo o lixo produzido seja levado de
volta com as pessoas. Garrafas e copos de vidro também não são permitidos a fim de evitar acidentes e degradação
ambiental.

Suas galerias são um atrativo para quem
quer conhecer as formas de vida que habitam o lugar, como morcegos e aranhas,
por exemplo. As estruturas sinuosas que surgem no topo e se formaram ao longo
de milênios também chamam a atenção de exploradores e pesquisadores.
"Antes de nos aventurarmos em uma das
cavernas, eu e os amigos fomos avisamos de que estávamos entrando em terreno
quase selvagem e que por isso havia muitos animais. A gente só não contava com
um filhote de jacaré que surgiu de dentro de uma delas. O animal estava
tranquilo e nós saímos sem fazer alarde. Mas foi um susto e tanto!”, lembra a
administradora.
Para explorar a caverna com segurança, é
recomendável que se calce botas ou sapatos de solado aderente e vista roupas
leves. Lanterna e capacete também não podem faltar no passeio.
Para Patrícia, a experiência vivida em meio
à natureza foi o melhor souvenir da viagem. “Para quem vive o cotidiano urbano,
estressante, ter a chance de estar integrado à água, à terra, ao meio ambiente
ainda preservado é uma oportunidade única e gratificante. O passeio foi
inesquecível e com toda eu recomendo para quem quer sair da rotina”, completa.
G1
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