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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

EXCLUSIVO

IBAMA SE INSTALARÁ EM URUARÁ A PARTIR DO DIA 13 DE FEVEREIRO
Por: Cirineu Santos e Célio Birro
ASCOM/PMU

Maris Magno, secretários e agentes do IBAMA
“Será instalada em Uruará, a partir do dia 13 de fevereiro até o final do ano, a operação Onda Verde, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA”. Foi o que informou o gerente regional do órgão, Antonio Hernandes Torres Junior, na tarde de ontem, 31, em reunião com a prefeita em exercício Maris Mágno, o chefe de Gabinete Leandro Oliveira, o secretário de Administração Julio Mágno e o presidente do IDMU Luiz Longhi. 

Leandro, Luiz, Maris, Antonio Hernanes e Gustavo 
O gerente regional do IBAMA que assumiu a unidade em Santarém no dia 23 de janeiro, já passou pelo Órgão em Rondônia e Brasília. Segundo ele, a tarefa do IBAMA é intensificar os trabalhos de fiscalização na região Oeste do Pará. “Estaremos implantando no Município de Uruará uma força tarefa, abrangendo a rodovia federal Santarém/Cuiabá (BR-163) e Transamazônica (BR 230). Esta operação será denominada Onda Verde e contará com trinta profissionais no objetivo de fiscalizar, orientar e fazer se cumprir a lei”, informou.

O chefe da operação de fiscalização da gerência do IBAMA em Santarém, que também se fez presente na reunião, André Gustavo, explicou que estará apenas executando a determinação do Governo Federal no sentido de estancar o desmatamento na região, coibir o roubo de madeira de terras da União e outras ações ilegais que estão sendo realizadas no oeste do Pará.  

André Gustavo informou que no eixo das BR’s 163 e 230 até Altamira, têm se identificado pontos de desmatamento, através dos sistemas de monitoramento de satélite. “Adquirimos equipamentos tecnológicos que detecta em tempo real essas irregularidades. Por isso, por determinação da Presidência da República, em 2013 vamos ter três frentes de trabalho nesta região: uma com sede em Uruará, outra em Anapu e outra em Novo Progresso; sendo que duas frentes de controle e fiscalização diretamente na regional de Santarém com período ininterrupto até o fim do ano”, declarou.

Maris apresenta a realidade da região
A preocupação apresentada pela equipe do governo Municipal foi com os agricultores, pois os mesmo não têm as informações do IBAMA para se adequar às Leis exigidas. A prefeita em exercício, Maris Magno, ressaltou a parceria com a secretaria Estadual de Meio Ambiente para descentralização da gestão ambiental, no sentido de que o Município tenha autonomia com relação à emissão da Licença Ambiental Rural – LAR. Além disso, falou do impacto e caos social que pode ser causado com a instalação do IBAMA no Município.

Segundo ela, cabe ao IBAMA informar ao agricultor o que é necessário para que o mesmo se adeque às exigências do Órgão. “É preocupante a vinda do IBAMA para a região. Segundo o que o gerente regional nos informou, eles estão cumprindo uma ordem Federal; mas lamento a falta de investimentos do Governo Federal no que diz respeito a fomento e alternativas para que os produtores, agricultores e até mesmo madeireiros trabalhem dentro da legalidade”, cobrou.

Outra situação levantada pela prefeita em exercício, Maris Magno, foi à questão da sensibilidade por parte dos agentes, durante a operação de fiscalização, principalmente ao pequeno produtor. “Nós da prefeitura, solicitamos que os agentes orientem os produtores, os agricultores. Os que tiverem irregulares deverão se adequar às exigências e cumprir a lei; mas, solicitamos aos agentes, para que os mesmos orientem a população e levem em consideração que o agricultor depende de sua produção para sobreviver, como também os funcionários das serrarias precisam de seus empregos para sustentar suas famílias, independente da presença do IBAMA na cidade ou não”, disse.

A prefeita informou ainda, que foi garantida uma reunião com toda a população, ainda no início da operação. “Conseguimos esta reunião, com data ainda a ser estabelecida, onde as dúvidas da população sejam esclarecidas”, disse Maris Magno.

O secretário de Administração, Júlio Magno, ressaltou que 70% dos produtores não têm condições de plantar ou cultivar, por isso, cabe ao IBAMA explicar ao agricultor o que ele pode ou não fazer. “Estamos reunidos para que Uruará não sofra os impactos sociais com a presença do IBAMA. Por isso, enquanto prefeitura, estaremos unidos para tirar todas as dúvidas da população junto ao IBAMA”, finaliza.

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