JUSTIÇA ACEITA ALEGAÇÃO DA PREFEITURA DE
URUARÁ E PARTE DA CASA DE MORADORA DO BAIRRO BOA SORTE É DEMOLIDA
Nesta quinta-feira, 28 de janeiro, a
Prefeitura Municipal demoliu a residência da dona de casa, Andreia da Silva
Feitosa, no Bairro Boa Sorte, zona norte da cidade de Uruará. A demolição da
casa foi determinada pela justiça atendendo à solicitação da Prefeitura
Municipal em ação demolitória ingressada pelo município através do poder
executivo municipal alegando que a família efetuou construção particular em
área de uso comum, requerendo tutela antecipada.
De acordo com a Decisão Interlocutória da
justiça, a dona da casa construiu muro fechando rua pública em local onde
constava na planta do loteamento o espaço para a Travessa Dão Pedro II. O Juiz
de Direito Titular da Comarca de Uruará, Vinícius de Amorim Pedrassoli, deferiu
tutela antecipada e determinou a demolição da obra que invadiu o logradouro
público, no lote no 01 da quadra 55 localizado na Travessa Dão Pedro II, o juiz
ainda estipulou multa no valor de R$500,00 por dia.
A decisão judicial foi publicada em 9 de
junho de 2015, a família recorreu da decisão, mas teve o pedido de suspensão de
liminar rejeitado pela justiça e a determinação de demolição foi cumprida nesta
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016.
A irmã de Andreia acompanhou a demolição e
disse que a família está indignada. “Segundo a prefeitura Municipal de Uruará,
a construção da casa da minha irmã Andreia da Silva Feitosa, está num local de
rua, ou seja, disseram que eles invadiram esta área que é de propriedade da
Prefeitura. A ordem que recebemos da justiça (Poder Judiciário) era para que
fosse demolida. Hoje, eles chegaram e começaram a demolir. Estamos há muito
tempo neste local. Vamos perder tudo. O terreno murado, com casa de alvenaria,
forrada, quarto, sala, cozinha, banheiro, varanda, poço. Minha irmã não sabe o
que vai fazer, pois recentemente o esposo sofreu um AVC e está de cadeira de
rodas. Estamos muito indignados com esta ação da Prefeitura de Uruará”,
informou a irmã Lucilete Silva Feitosa, que acompanhou a ação da Prefeitura.
Agora é aguardar para ver se a prefeitura
irá realmente usar o espaço para fazer a referida Travessa Dão Pedro II que até
o momento só existe no papel.
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