"Bateu o desespero", disse o
presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, ao
justificar o motivo da mobilização dos prefeitos
Rosa Costa, da inShare
Ana Araújo/Veja
Prefeitos de todo o País pediram
nesta quarta à ministra de Relações Institucionais da Presidência da República,
Ideli Salvatti, que interceda para o atendimento de sete reivindicações deles,
entre elas a quitação do restos a pagar ainda do governo Lula, o pagamento de
convênios firmados com a União para obras do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e o pagamento de R$ 1,5 bilhão decorrente da renúncia fiscal
do IPI no preços dos automóveis. "Bateu o desespero", disse o presidente
da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, ao justificar o
motivo da mobilização dos prefeitos.
Segundo ele, mais de 800 municípios estão
com os salários dos servidores atrasados há mais de um mês de meio e mais de
2,5 mil municípios estão devendo para fornecedores. "A crise continua se
aprofundando", prevê. Ele disse que ficou "um pouco entusiasmado"
com a reação da ministra Ideli diante das reivindicações, porque ele disse que
outros setores, que também recorreram ao governo, foram atendidos. "Então
os prefeitos deveriam ter um tratamento igual. Foi isso que eu deduzi da
conversa com ela. Disse que alguma coisa será ou todas atendidas. Não sabe o
tamanho", contou.
Se permanecer o impasse, Ziulkoski acredita
que inúmeros prefeitos terão as contas rejeitadas por descumprir a Lei de
Responsabilidade Fiscal. "Todos serão fichas sujas. Será que esses prefeitos
merecem colar na testa deles que são fichas sujas por uma questão que Brasília
tomou a atitude de renunciar a uma arrecadação que é nossa? Que anarquia
federativa é essa?", questionou. O presidente da CNM anunciou que os
prefeitos continuarão mobilizados até o dia 13 de novembro. "Vamos ver o
que vão anunciar. Não esperamos muita coisa, mas achamos que alguma coisa vai
ser feita", disse ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário