A região Norte vai ganhar, no início do mês
de abril, a maior linha de transmissão da América Latina. O projeto LT
Amazonas, que está sendo operacionalizado pela TIM, em parceria com as empresas
Isolux Infrastructure e Manaus Transmissora, consiste na construção de 1,7 mil
quilômetros de linha de alta tensão, interligando os Estados do Pará, Amapá e
Amazonas.
Pelo menos 15 municípios paraenses devem se
beneficiar com o projeto, que vai levar ainda - a partir das torres de
transmissão -, internet de alto desempenho a estes locais, já que a obra inclui
a implantação de uma rede de transporte utilizando a tecnologia fibra
ótica.Durante a fase de implantação do sistema, foram contratados 3,5 mil
trabalhadores, sendo a maioria deles da própria região. Quanto aos custos do
serviço de transmissão de dados e de voz, a operadora garante que serão
suficientemente acessíveis, equiparados aos atuais planos praticados pela
empresa em outras regiões do País.
O projeto, que está em fase final, começou
em 2008 e foi tema de um documentário produzido por uma emissora de TV
internacional. Para sair do papel, a obra precisou de uma gigantesca
infraestrutura, já que foi necessário instalar 3.351torres de 45 a 180 metros
de altura, em plena floresta amazônica.
De acordo com o diretor de rede da TIM,
Cícero Oliveira, o investimento feito pela empresa de telefonia foi na ordem de
R$ 200 milhões. 'Com isso, vamos concretizar o plano de interiorização da
telefonia. O desenvolvimento do País depende também da internet. Agora, tem sido
um grande desafio, pois, somente na prancheta não é possível prever o que vai
acontecer lá na ponta', argumenta, frisando que a etapa que compete à TIM é a
de implantação da fibra ótica. Já os investimentos feitos pela Isolux, segundo
aponta o diretor de construção da empresa, Enrique Martines, estão sendo de R$
2,5 bilhões. 'A Isolux tem investimentos no mundo todo, sendo que mais de 50%
destes recursos estão sendo aplicados no Brasil', explica.
Martines comenta que a construtora buscou
diversas formas para atenuar os impactos ambientais causados à floresta. 'Todo
o desmatamento foi feito à mão, já que não havia a menor possibilidade de
entrar com máquinas na mata. Além disso, abrimos um via na floresta de sete
metros, e não de 14, como normalmente ocorre em projetos desta natureza',
acrescenta. Ele destaca ainda que a rede também cortará o Rio Amazonas, sendo
necessária a construção de uma estrutura quase da altura da torre Eiffel.
De acordo com Martines, esta será a maior
torre da América Latina. Ele destaca que o projeto elaborado pelo consórcio,
além de garantir energia limpa aos municípios beneficiados, vai aumentar em 100
vezes a capacidade de transmissão de voz e de dados, oferecidos a preços
competitivos.
Fonte: O Liberal
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