A princesinha do Xingu, como é
carinhosamente chamada Altamira, comemora nesta terça-feira, 06 de novembro,
seus 101 anos de emancipação.
Cortada pela Transamazônica, a cidade
nasceu de uma antiga missão Jesuíta e foi erguida às margens do igarapé
Panelas, pelo religioso Roque Hundefund. Foi transformado em município em 06 de
novembro de 1911, mas só ganhou destaque em 1970 com abertura da BR 230, mais
conhecida como rodovia Transamazônica, quando virou sede de um dos PICs
(Projeto Integrado de Colonização) do INCRA (Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária).
Considerada cidade Pólo, Altamira abastece
11 municípios da região, principalmente no que diz respeito ao atendimento aos
serviços públicos como saúde e educação.
Com uma população de aproximadamente 140
mil habitantes, Altamira tem sua economia voltada principalmente para
agricultura, pecuária e serviços. O município também se destaca pelo seu
potencial turístico. Cercado de belezas naturais, Altamira possui vários
igarapés e rios, que produzem 21 quedas d'água. Entre eles o Rio Xingu, um dos
mais importantes do Estado, que atrai turistas do mundo inteiro em busca de sua
água doce e cristalina, bem como sua diversidade de peixes, que oferece as
amantes da pesca esportiva uma das melhores pescarias do país.
Com uma grande mistura de raças a cidade
também mantém fortes traços da cultura indígena, principalmente na sua
culinária, que registra influência de nordestinos e sulistas migrantes
responsáveis pela diversidade populacional na cidade. Sede da terceira maior hidrelétrica do
mundo, Altamira vive em meio aos dias mais agitados de sua história. O espaço
urbano ficou pequeno para acomodar tanta gente que chega diariamente em busca
de emprego ou de oportunidade nas obras da usina de Belo Monte.
Pela implantação do maior projeto
energético brasileiro, a população altamirense, aguarda ansiosa por parte da empresa
responsável pela construção e operação da usina de Belo Monte, bem como dos
governos, o cumprimento das compensações sociais, econômicas e ambientais.
Enquanto esses benefícios não chegam ao
povo que aqui vive, a pequena cidade de Altamira, que aumentou sua população em
50% em menos de ano, trabalha dia e noite do jeito que pode, para levar o
desenvolvimento a milhares de brasileiros que serão beneficiados com energia do
Xingu, a partir de 2015.
Texto: Wilson Soares (WD Notícias)
Fotos: Imagens da Internet e WD Notícias
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