Hoje os norte-americanos escolhem quem será
o homem mais poderoso do mundo pelos próximos 4 anos. A escolha não está entre
duas pessoas, mas entre duas filosofias de governo.
O REPUBLICANO
O Partido Republicano prega o liberalismo:
o governo deve intervir o mínimo na vida do cidadão e a iniciativa privada é o
motor principal da economia. A prosperidade está ao encargo do indivíduo, que
tem apenas que obedecer as regras elaboradas pela Federação.
Os republicanos defendem mais investimentos
nas Forças Armadas, tanto para defesa como para ataque. Os EUA precisam ter
logística marcial para defender os interesses da Federação em qualquer parte do
mundo: é a anciã filosofia da Pax Americana, herdada dos romanos, que mesmo em
tempos de paz, julgavam necessário manter os seus exércitos armados até os
dentes, para qualquer falta de respeito.
O DEMOCRATA
O Partido Democrata prega a
responsabilidade social, uma mediatriz entre o bem estar comum e a supremacia
dos direitos individuais: a Federação dita as regras, mas intervém no jogo
sempre que a mediatriz pender para um dos lados.
Os democratas defendem um Exército menor,
desviando verbas marciais para o social. Alegam que, caso seja necessária uma
intervenção mais cara em qualquer parte do Globo, não há dificuldades em lançar
mão do multilateralismo e exemplificam como isso pode ser alcançado com a
recente operação, comandada pela ONU, que derrubou o regime líbio de Kadafi.
O ELEITOR
O eleitor norte-americano vota em
diretrizes partidárias. O seu voto não se dá pelo culto ao candidato, mas
avaliando se ele é capaz de dar conta da empreitada à qual o seu partido se
alinha.
O eleitor norte-americano reveza as
filosofias administrativas conforme a linha democrata, ou republicana, seja
requerida com maior, ou menor, grau na Federação: quando a nação se ressente da
presença do Estado, chama os democratas; quando conclui que o Estado perdeu as
rédeas, para frear o leviatã, chama os republicanos.
O DISCURSO PARTIDÁRIO
Os discursos se erigem sobre as diretrizes
partidárias. Na convenção republicana de Tampa (Flórida), Paul Ryan, que compõe
a chapa como vice, resumiu o que os separa dos democratas: “A escolha é entre
pôr limites duros ao crescimento econômico ou limites duros ao tamanho do
governo, e nós escolhemos limitar o governo.”.
Os democratas argumentam que o modus
republicanus não responde aos pobres. O ex-presidente democrata, Bill Clinton,
respondeu a Paul Ryan sobre a necessidade da intervenção da Federação como
forma de igualar os desiguais: “Aumentar a igualdade de oportunidades e a
perspectiva de alcançar a autonomia econômica não é apenas moralmente certo,
mas uma boa filosofia econômica. Porque a pobreza, a discriminação e a
ignorância restringem o crescimento.”.
ELEITORADO DIVIDIDO
Creio que o mar está para Obama, pois a
crise econômica que assola o mundo ainda não se desincumbiu de golpear a
economia doméstica estadunidense, precisando o cidadão americano do alento da
Federação.
Mas o eleitor está dividido: as pesquisas
mostraram empates numéricos entre os candidatos, o que os obrigou, na reta
final da campanha, a caçar os indecisos, que não se alinham partidariamente,
por saber que nas mãos deles está o nome do próximo presidente.
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