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terça-feira, 31 de maio de 2016

FUNAI FALA SOBRE GÊMEOS REJEITADOS POR TRIBO

A Fundação Nacional do Índio (Funai) se pronunciou sobre a situação dos bebês gêmeos nascidos na tribo Arawete, no município de Altamira, no sudoeste paraense. As crianças foram rejeitadas pela tribo, devido à crença da etnia que entende gêmeos como o símbolo da aparição de uma catástrofe.

Ainda nesta segunda-feira (30), circulava na região a informação de que os indígenas queriam sacrificar as crianças, e que teriam tentado invadir o hospital em que estavam internados para sequestrar e matar as crianças.

A Funai, entretanto, desmentiu as afirmações. “Essas informações foram compartilhadas de forma anônima, caluniosa e criminosa, afirmando equívocos sobre a família, os bebês e o povo Arawete”, afirmou Gilson Curuaia, coordenador regional do órgão em Altamira.
“A Funai está acompanhando o caso e providenciando os devidos ecaminhamentos, mas, por hora, não há ainda uma decisão concreta. Mas queremos tomar as melhores medidas para preservar as crianças e a população da etinia”, completou o coordenador.

ADOÇÃO

Imagem da tribo Arawte publicada no portal Povos Indígenas do Brasil.
(Foto: Eduardo Viveiros de Castro)
Segundo o coordenador da Associação Indígena Kuruaya, Cláudio Kuruaya, ainda não há uma decisão final sobre o destino das crianças, mas normalmente nos casos em que os bebês são rejeitados pela tribo, a adoção é o procedimento usual. “Houve um caso recente em que uma criança de uma tribo foi doada para uma família após ser rejeitada pela mãe, porque aprendeu a falar português”, informou Kuruaya. De acordo com o coordenador, os órgãos indígenas devem acionar o Ministério Público ainda hoje para iniciar o trâmite da adoção.

(DOL com Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

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