EMATER INVESTE NO RESGATE DA
PIMENTA-DO-REINO EM URUARÁ
O escritório local da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Uruará, no
oeste do estado, está conduzindo um processo de resgate da pimenta-do-reino,
produto com grande potencial de mercado. A cultura teve seu auge no município
nas décadas de 80 e 90, mas acabou sendo dizimada pela fusariose, que não tem
cura. “Podemos dizer que a história de Uruará deve muito à cultura da pimenta.
A atividade que contribui muito para o desenvolvimento socioeconômico da
região, mas fusariose levou tudo. A pimenta agora vai voltar com um novo
perfilo”, aponta o técnico em agropecuária da Emater, Domingos Santos. Segundo
ele, a proposta inicial é assessorar nove agricultores do assentamento federal
Rio do Peixe, localizado no km 190 Norte, da Transamazônica, e mais seis de
vicinais próximas, que há alguns anos resolveram começar a plantar pimenta em áreas
sem incidência de doenças.
A média de área por famílias é de meio
hectare, com até mil pés, que aos poucos devem ser readequados sob um sistema
de semibosque, onde são intercaladas faixas de pimenta com faixas de essências
florestais da região, como jarana e tacajuba. As árvores de grande porte
propiciarão sombreamento, prolongando o ciclo de vida da pimenta.
Além disso, outras mudanças nos tratos
culturais devem ser orientadas, como a substituição da capina com enxada por
roçagem e de adubação química por adubação orgânica. “Também temos um plano de
conscientização dos agricultores interessados, no sentido de ajudá-los a
plantar de forma protetiva contra a fusariose, especificando tratos culturais.
As ações preveem visitas, reuniões e até a publicação futura de uma cartilha”,
diz Santos.
Da Redação Agência Pará de Notícia
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