AUDIÊNCIA NO FÓRUM DE URUARÁ DISCUTE A
OCUPAÇÃO DA FAZENDA NOVA INVERNADA
Realizada nesta quarta-feira, 25, uma audiência
no Fórum de Uruará que discutiu a questão da ocupação de área da fazenda Agropecuária
Invernada Limitada - AGROMIL, que fica a 55 quilômetros da cidade de Uruará no
travessão 155 norte. Da audiência é esperado que saia a decisão final sobre a
ocupação de parte da fazenda por Sem Terras se ela é legal ou se mais uma vez
uma ação de reintegração de posse aos proprietários da Fazenda. A Área ocupada
seria uma reserva legal da Agromil Agropecuária Invernada Limitada.
Atualmente cerca de 40 famílias ocupam a
área dividida em terrenos de 25 ha e 50 hectares. Famílias inteiras, inclusive
crianças pequenas, ficaram o tempo todo do lado de fora aguardando a decisão da
justiça.
De acordo com um dos Sem Terras, o
trabalhador rural Jonas Camargo Vieira, popular Zé, o Instituto Nacional
Colonização Reforma Agrária (INCRA) realizou duas vistorias na área em que uma
comprovou que se tratava de área improdutiva e a outra dizia o contrário e que
já foram realizadas várias audiências, mas que até o momento sem nenhuma
decisão definitiva.
Segundo Jonas Camargo durante a ação de
reintegração de posse ocorrida em outubro de 2009 ele teria sido preso e levado
direto para o presídio em Altamira onde passou 17 dias preso em regime fechado.
“Fiquei preso durante 17 dias no presídio em Altamira porque eu não quis pagar
cestas básicas durante seis meses de acordo determinava o termo de compromisso
expedido pela Justiça para desocupação da área e ter incentivado as outras 58
famílias que ocupavam a área na época a não pagarem a cesta básica”, disse o
trabalhador.
RESULTADO
O resultado da audiência saiu por volta das
16 horas de ontem e ficou definido que os Sem Terras que ocupam a área da Fazenda no
travessão do km 155 norte poderão permanecer e trabalhar na área invadida há
mais de 7 anos, mas não poderão mexer (fazer derrubada) na mata.
Nós tentamos um contato com os
proprietários da Fazenda, mas não conseguimos. Tentaremos novamente para ouvir
o que eles têm a dizer sobre o caso.
Por: Joabe Reis do Sistema Regional de
Comunicação
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