LEI MARIA DA PENHA NÃO CONTRIBUIU
PARA A REDUÇÃO DO FEMINICÍDIO NO BRASIL
Um estudo divulgado ontem (25) pelo IPEA
ratifica o que a maioria dos criminalistas afirma e eu concordo sem restrições:
não são leis e nem penas duras que diminuem a criminalidade, elas apenas punem
e satisfazem o desejo de vingança da sociedade, e nada mais.
Se leis e penas duras reduzissem a
criminalidade bastaria os países implantarem a pena de morte para acabar com o
crime no mundo.
O estudo do IPEA desvela que “a Lei Maria
da Penha não teve impacto sobre a quantidade de mulheres mortas em decorrência
de violência doméstica”.
Redução
praticamente nula
O estudo mostrou que “entre 2001 e 2006,
período anterior à lei, foram mortas, em média, 5,28 mulheres a cada cem mil.
Entre 2007 e 2011, depois da lei, foram mortas, em média, 5,22 mulheres a cada
cem mil", ou seja: com a Lei Maria da Penha, a média foi praticamente a
mesma.
Portanto, se quisermos ver a violência
reduzida no Brasil, temos que fazer o dever de casa que outros países nos quais
a violência se limita hoje ao eventual ou ao fortuito fizeram: investimento
pesado em políticas sociais que garantam a todos a cidadania plena.
O
perfil do feminicídio
O IPEA relatou o perfil do feminicídio no
Brasil: “31% das vítimas têm entre 20 e 29 anos e 61% são negras. No Nordeste,
o percentual de mulheres negras mortas chega a 87%; no Norte, a 83%.”.
O estado no qual mais ocorreu feminicídio
entre 2009 e 2011 foi o Espírito Santo e o de incidência mais baixa, no mesmo
período, foi o Piauí.
Dormindo
com o inimigo
O relatório do IPEA também revela que “40%
dos homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário