Por: Cirineu Santos e Célio Birro
ASCOM/PMU
Maris Magno, secretários e agentes do IBAMA |
“Será instalada em Uruará, a partir do dia
13 de fevereiro até o final do ano, a operação Onda Verde, pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA”. Foi o que
informou o gerente regional do órgão, Antonio Hernandes Torres Junior, na tarde
de ontem, 31, em reunião com a prefeita em exercício Maris Mágno, o chefe de
Gabinete Leandro Oliveira, o secretário de Administração Julio Mágno e o presidente
do IDMU Luiz Longhi.
Leandro, Luiz, Maris, Antonio Hernanes e Gustavo |
O gerente regional do IBAMA que assumiu a
unidade em Santarém no dia 23 de janeiro, já passou pelo Órgão em Rondônia e
Brasília. Segundo ele, a tarefa do IBAMA é intensificar os trabalhos de
fiscalização na região Oeste do Pará. “Estaremos implantando no Município de
Uruará uma força tarefa, abrangendo a rodovia federal Santarém/Cuiabá (BR-163)
e Transamazônica (BR 230). Esta operação será denominada Onda Verde e contará
com trinta profissionais no objetivo de fiscalizar, orientar e fazer se cumprir
a lei”, informou.
O chefe da operação de fiscalização da
gerência do IBAMA em Santarém, que também se fez presente na reunião, André
Gustavo, explicou que estará apenas executando a determinação do Governo
Federal no sentido de estancar o desmatamento na região, coibir o roubo de
madeira de terras da União e outras ações ilegais que estão sendo realizadas no
oeste do Pará.
André Gustavo informou que no eixo das BR’s
163 e 230 até Altamira, têm se identificado pontos de desmatamento, através dos
sistemas de monitoramento de satélite. “Adquirimos equipamentos tecnológicos
que detecta em tempo real essas irregularidades. Por isso, por determinação da
Presidência da República, em 2013 vamos ter três frentes de trabalho nesta
região: uma com sede em Uruará, outra em Anapu e outra em Novo Progresso; sendo
que duas frentes de controle e fiscalização diretamente na regional de Santarém
com período ininterrupto até o fim do ano”, declarou.
Maris apresenta a realidade da região |
A preocupação apresentada pela equipe do
governo Municipal foi com os agricultores, pois os mesmo não têm as informações
do IBAMA para se adequar às Leis exigidas. A prefeita em exercício, Maris
Magno, ressaltou a parceria com a secretaria Estadual de Meio Ambiente para
descentralização da gestão ambiental, no sentido de que o Município tenha
autonomia com relação à emissão da Licença Ambiental Rural – LAR. Além disso,
falou do impacto e caos social que pode ser causado com a instalação do IBAMA
no Município.
Segundo ela, cabe ao IBAMA informar ao
agricultor o que é necessário para que o mesmo se adeque às exigências do
Órgão. “É preocupante a vinda do IBAMA para a região. Segundo o que o gerente
regional nos informou, eles estão cumprindo uma ordem Federal; mas lamento a
falta de investimentos do Governo Federal no que diz respeito a fomento e
alternativas para que os produtores, agricultores e até mesmo madeireiros
trabalhem dentro da legalidade”, cobrou.
Outra situação levantada pela prefeita em
exercício, Maris Magno, foi à questão da sensibilidade por parte dos agentes,
durante a operação de fiscalização, principalmente ao pequeno produtor. “Nós da
prefeitura, solicitamos que os agentes orientem os produtores, os agricultores.
Os que tiverem irregulares deverão se adequar às exigências e cumprir a lei; mas,
solicitamos aos agentes, para que os mesmos orientem a população e levem em
consideração que o agricultor depende de sua produção para sobreviver, como
também os funcionários das serrarias precisam de seus empregos para sustentar
suas famílias, independente da presença do IBAMA na cidade ou não”, disse.
A prefeita informou ainda, que foi
garantida uma reunião com toda a população, ainda no início da operação.
“Conseguimos esta reunião, com data ainda a ser estabelecida, onde as dúvidas
da população sejam esclarecidas”, disse Maris Magno.
O secretário de Administração, Júlio Magno,
ressaltou que 70% dos produtores não têm condições de plantar ou cultivar, por
isso, cabe ao IBAMA explicar ao agricultor o que ele pode ou não fazer.
“Estamos reunidos para que Uruará não sofra os impactos sociais com a presença
do IBAMA. Por isso, enquanto prefeitura, estaremos unidos para tirar todas as
dúvidas da população junto ao IBAMA”, finaliza.
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