Nem todos deram a devida atenção, mas há um
aspecto de fundamental importância no financiamento aprovado pelo BNDES para a
hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu (PA). Dos R$ 22,5 bilhões que serão
financiados, R$ 3,2 bilhões serão usados para compensações dos impactos
ambientais e sociais.
Esse valor é um exemplo para o mundo e
desmente todo o discurso dos que se opõem à construção da usina. Belo Monte
será a terceira maior usina hidrelétrica do mundo e representará uma condição
essencial para a redução do uso de combustíveis fósseis e poluentes na produção
de energia.
Segundo o BNDES, esse é o maior valor de um
empréstimo do banco na história concedido a um único projeto. O empreendimento
todo está avaliado em quase R$ 29 bilhões.
E os R$ 3,2 bilhões também representam o
maior valor já aprovado para iniciativas socioambientais, equivalente a 11,2%
do total de recursos aplicados na usina. Para cada liberação de recursos,
deverá ser comprovada a regularidade ambiental do projeto. Ou seja, o governo
está absolutamente comprometido com a questão socioambiental, contrariando o
discurso fácil de quem se opõe a Belo Monte.
O financiamento inclui ainda a aprovação de
R$ 3,7 bilhões para compra de equipamentos dentro do Programa de Sustentação de
Investimento (PSI). O projeto deverá criar 18,7 mil postos de trabalho diretos
e 23 mil indiretos durante as obras.
A energia gerada por Belo Monte vai
representar 33% da expansão de capacidade do país prevista entre 2015-2019,
equivalente ao abastecimento de 18 milhões de residências (60 milhões de
pessoas) ou ao consumo das regiões Sul e Nordeste juntas.
Correio do Brasil
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